Depois da discussão de quem deveria ou não ganhar o SOTY da Thrasher, começamos a semana com o viral do skatista que entrou no palco do programa “Hora do Faro”, da TV Record, durante o quadro “Vai dar namoro”.
Sabe aquele programa onde os caras se apresentam com alguma habilidade aleatória, soltam uma cantada de qualidade duvidosa e depois as meninas decidem se querem ou não conhecer melhor esse ser? Então, é esse aí.
Se você assistiu ao episódio deste último domingo ou pelo menos viu o corte que eles publicaram no YouTube, percebeu que ele sabia o que tava fazendo, já que um “kickão” não é uma manobra fácil. Eu inclusive nunca nem sonhei acertando um. Assim, decidimos saber quem é esse skatista, como ele foi parar lá e se realmente manobrar na frente de uma platéia faz a pessoa beijar na boca.
Na nossa pesquisa pela rede mundial de computadores descobrimos que esse cara é Guilherme de Almeida, paulistano de 24 anos, que anda de skate há 10 anos e trabalha como tatuador há quatro. Uma informação que você leitor não poderia dormir sem saber: nós temos um amigo em comum.
Seus likes no Tinder acabaram e por isso você decidiu ir no “Vai dar namoro” pra ver qual é que é?
Mano, na real, a ideia mesmo veio quando eu conheci uma mina, uma parceira, numa balada. Ela me passou o número dela e falou que ia me indicar pro “Vai Dar Namoro” porque eu tinha um perfil. Engraçado que ela tinha acabado de me conhecer e não era a primeira pessoa que tinha me falado isso. Ela tinha o contato porque já tinha participado, olha que coincidência. Ela passou, falei com a pessoa e aí eu fui embora. Depois eu descobri que tinha que levar minha mãe. Foi Incrível.
Que rolê aleatório! Você já assistiu ao programa antes? Tinha vontade de participar antes disso?
Então, eu só assistia o programa em 2016. Aí desse tempo pra cá, eu nunca mais vi. Só fui lembrar quando essa menina que eu conheci me falou. Naquela época, eu imaginava: “Mano, nunca iria nesse programa”, né? Mas aí com o passar do tempo eu pensei: “Talvez eu fosse”. Até que, um dia, eu fui.
É o que o filósofo diz: “Não diga que dessa água não beberei porque vai que bebereis”. E pra entrar no palco, a ideia do ‘kick’ foi sua ou da produção?
Logicamente a ideia foi minha. Mas o combinado (com a produção) é que tinha que mostrar um dom, uma habilidade. (risos) Eu juro que eu tentei, podia ter mandado um shove-it, um varial, eu quis meter o louco mesmo. Quando eu entrei no palco, tava nervosão, né? Mas com o pensamento de ser o melhor ali, pô, imagina entrar com o “kickão” no palco, acertar e correr pro abraço: “Quem vai me querer?” Só que aí não foi bem assim que aconteceu. Depois eu fui com outro pensamento, eu tentei de novo e a manobra escapou. Eu olhei pra todo mundo, me concentrei e pensei: “Eu tenho que ser o melhor de mim”, tá ligado? Aí foi nessas que eu acertei.
Cara, o pior é que eu acho que você acertou na escolha de manobra. Porque o kick é muito plástico. Quem é do skate sabe que não é uma manobra que qualquer um sabe mandar e quem está vendo fica impressionado. Mas o piso parecia muito liso. Acertar em três tentativas me parece justo.
Mano, a fita é que o chão lá é extremamente liso! Aí eu fui pegar embalo pra poder mandar a trick e percebi que o skate já estava perdendo um pouco o controle. Uma porque era um pouco descida lá, era meio curva assim o chão, não era extremamente reto, então o skate já pegou um embalo. E eles devem passar algum produto no chão e acabou pegando na rodinha porque, quando eu fui mandar, ia encaixar com o pé de trás e depois o da frente e não deu muito certo. (risos) Passou direto…
Antes de gravar você chegou a conhecer o palco antes, tentar alguma em off ou aquelas foram as primeiras tentativas?
Pra não falar que eu não tentei, quando a gente foi ser apresentado, saber o tamanho do palco, onde ficam as câmeras, enfim, eu já levei o skate e mandei dois kick parado mesmo, mas eu não testei o chão em movimento. (risos) Também porque foi bem rápido, só apresentaram: “Aqui é o palco, aqui é onde as pessoas vão estar, aqui vocês vão ser chamados”. Foi nesse processo.
Pensando na sua carreira de skatista, você já tinha participado de algum campeonato? Ou foi a primeira vez que você tava andando de skate com uma galera olhando só pra você?
Então, já participei de campeonato, mas nada grande. Somente entre amigos asim, no máximo vinte pessoas, e o pessoal assistindo, tá ligado? Best trick também. Eu cheguei a ficar em segundo uma vez, mas era Game Of Skate. Sou mais de dar um rolezinho tranquilo mesmo, de boa, sem competição, só na minha, meu rolê com os parceiros mesmo. Mas se quiser vir de game, tá ligado!
Ali no YouTube tem um corte da sua participação, mas só tem até o momento que você leva a menina pra conversar, né? E no final, o kick ajudou a beijar na boca ou não?
A real que eu nem tava procurando beijar na boca, eu queria conhecer alguém da hora, tá ligado? E foi o que eu consegui. A menina que eu conheci é super gente boa. Agora se for fora do programa, essas paradas aí, ‘cê’ aguarda os próximos capítulos.
Pô, vamos aguardar então os próximos capítulos nas suas redes sociais. Vai que aparece uma foto de casal no feed em breve. Mas falando de hobby, de skate, de aprendizado de vida e do programa: Andar de esqueite e mostrar pras pessoas, mesmo que seja um “instaclip” no feed, é um diferencial?
Ah, mano, na real mesmo, acho que nem pensei que fosse um diferencial. Pra mim, isso é o brasileiro. Não desiste. É o skate também, que tá ligado nessa frase de não desistir, da insistência, de tentar de novo e de novo até acertar a trick e comemorar. E claro, sair com a gata no final ali, porque né? Também não pode ficar sem.
Pra acompanhar os próximos capítulos do Guilherme ou marcar uma sessão, segue ele no instagram: @guiartt.