“Inferno verde, paraíso verde, eis a clássica Amazônia onde se pensa no passado, nas cobras gigantescas, nos peixes mágicos…” disse Glauber Rocha na obra Amazonas, amazonas (1966).
Durante cinco anos, nos dedicamos às pesquisas etnológicas e a revirar as ruas e paisagens de Manaus e região, na busca de picos para o “Inferno Verde”. Região explorada pelo velhíssimo mundo, subjugada pela sua localização em meio a águas abundantes e vegetação brotante do concreto ao asfalto, onde jacarés, onças pintadas e preguiças disputam civilidade. Uma mistura da criação e da criatura, da vida natural e da morte artificial.