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Nova Babilônia – Flanantes

Mais uma produção dos Flanantes. Com a palavra, Fabio Luiz Pimentel:

“Uma outra cidade para uma outra vida”. Este é o título do texto publicado em 1959, por Constant Nieuwenhuys, artista holandês. Sua “utopia urbanística” tratava-se da construção da Nova Babilônia, uma cidade baseada na profunda concepção da capacidade dos(as) sujeitos(as) históricos(as) de mudar suas vidas em sociedade, através de uma alteração radical do desenho da cidade.

Passados pouco mais de sessenta anos, a crise do urbanismo segue se agravando, entrando em dissonância com os modos de sociabilidade estabelecidos & almejados, como aqueles que os Flanantes promovem & percorrem, na contracorrente de uma ambiência estéril. O que recobra ao olhar de Constant sobre as cidades, seu lugar de atualidade artística & literária, através da reivindicação de táticas de lazer, livres de sua redução ao imperativo da lógica de circulação das mercadorias como no turismo.

A inspiração que este texto & estas táticas articulam desencadeia um exercício de liberdade por recorrer ao uso do tempo de vida de forma que se possa escolher, e deslocar-se quando e para onde se queira, afastando-se, assim, da regularidade do relógio ou da localização fixa de indivíduos. Porque na cultura do Homo Ludens & do Direito à cidade, a relação com o ambiente tem íntima comunicação com o jogo, a aventura ou a mobilidade. Com todas as condições que facilitem a livre criação dinâmica de suas vidas.

Livres, como o recurso à imaginação com que se deparam aqueles(as) que encontram as rosas até então “sem donos(as)”, endereçadas aos(às) transeuntes da rede de metrô da cidade de São Paulo & demonstram que, na Nova Babilônia, a poética do amor vive em espontânea circulação como os(as) poetas do alado.

A trilha sonora de TildaFlipers compõe esse filme, dando ritmo à ação alegre sobre a rede urbana, que faz frente ao individualismo por querer, real & coletivamente, transformar este mundo, através de uma metamorfose, compassada com suas novas necessidades.

Onde a exploração e a criação do ambiente coincidem, através de espaços não abordados, de nomadismo, por vazios plenos, terrenos baldios, ou as muitas brechas citadinas. Trata-se de um processo permanente de intervenção e recriação de um ambiente que urge. Sob a influência de um impulso coletivo colossal que resulta de todas as atividades vitais do conjunto de indivíduos que vislumbram uma nova cidade, em que o urbanismo é social”.

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