InícioSeçõesJetlagKader Sylla - Jenkem

Kader Sylla – Jenkem

Vocês pediram, encheram o saco, perturbaram, e o Jetlag voltou em 2022, com entrevistas gringas traduzidas pra você saber o que acontece no skate ao redor do mundo. Pra retomar, vamos com essa aqui, publicada ontem mesmo pela Jenkem, com um dos maiores nomes do presente e, com certeza, do futuro do skate mundial: Kader Sylla. A entrevista foi conduzida por Alexis Castro, com fotos de Andrew James Peters e Ritt Pontepsiripong.


O skate é ridículo, porque é uma das únicas disciplinas em que você pode ser expulso do acampamento de verão, postar selfie com um baseadão, passar pela escola de qualquer jeito e, ainda assim, ser considerado um dos melhores.

Em um mundo onde vários dos maiores nomes são observados no microscópio, e dão aquela segurada na imagem pra continuar ganhando o salário das grandes corporações, Kader está ganhando esse mesmo dinheiro sem comprometer sua identidade ou como vive sua vida.

Desde nossa primeira entrevista com ele em 2017, sua carreira decolou. Ele conseguiu alguns dos maiores e melhores patrocínios, e acumulou e soltou um quantidade imensa de imagens no passado recente – o tipo de coisa que você, geralmente, associa com um candidato a SOTY (Skater Of The Year, prêmio entregue pela Thrasher).

Nós conversamos com ele pra perguntar como ele se mantém no caminho do sucesso (e se divertindo), dando o passo de ir morar sozinho, e quanta maconha ele realmente fuma.

Quanta maconha você fuma hoje em dia?
Provavelmente mais do que esses rappers.

Quanto seria isso?
Talvez, tipo… Não sei se posso falar. Se eu falo, vai virar verdade e os filhos da puta vão ficar: “Que porra é essa?”. Varia. Alguns dias eu fico numas 30 gramas. Se é um dia difícil… Sei lá, cara, não sei. Apenas saiba que eu fumo bastante.

De todos os skatistas que fazem um rap, quem é o melhor?
Eu diria que o Lil Dre é, provavelmente, o melhor skatista que canta rap, e o pior acho que seria o Jereme Rogers. Lil Dre é da hora. Ele conhece todos esses caras, ele realmente convive com eles. Eu apoio ele. Ele é único. Tipo, ele é preto e asiático, essa é a parada mais louca. Eu queria ser preto e asiático. Lendário.

O que você mais fuma é Runtz? É a melhor que tem por aí agora?
Com certeza. Quem puder pegar da Runtz, vai ter um dia bom. Você vai fumar bem essa noite. Só é muito caro, tipo quatro mil dólares por libra.

Foto: Ritt Pontepsiripong

Como foi a primeira vez que você ficou chapado?
A primeira vez eu dei um pega numa merda de wax pen (tipo um vape) que me deixou doidão. A gente estava sentado na cama do meu mano, só assistindo um filme. Eu continuei dando uns pegas, achando que não estava ficando louco. Eu levantei e fiquei: “O que tá acontecendo comigo?”. Eu não conseguia ouvir minha voz. Estava viajando demais. Aí eu deitei e dormi. Daí, eu continuei fumando. Com a wax pen, parece que você tá puxando ar, então você não sabe se tá louco ou não e, do nada, te dá aquela porrada. Essa merda me deixou como se eu estivesse tendo um ataque cardíaco. Que se fodam. Foda-se a maconha, na real. Preciso parar com essa merda também. O cara que cuida do meu dinheiro sempre me chama de idiota.

Quando você começou a fumar, o Reynolds ou alguém mais velho te deu um sermão?
Eu ouvi bastante mas, com certeza, não liguei. Eu só comecei a fumar há um ano e meio, quando eu tinha uns 17 anos. Eu não devia estar fumando nessa idade, mas agora não consigo parar.

É engraçado, porque era isso que os caras originais da Baker faziam na época deles.
Os OG da Baker, com certeza! Tem tudo no Youtube, pra todo mundo ver o que eles faziam. Tipo, sério? Mas eles falam comigo porque eles sabem o que é bom. Eles não querem que eu me dê mal, o que não vai acontecer. Eu não deixaria acontecer.

A última vez que te entrevistamos, você era só uma criança, ainda na escola. Você chegou a se formar?
Sim, cheguei a me formar. Não vou mentir, não foi a coisa mais fácil do mundo. Eu não prestava atenção e tal. Eu nunca fui um cara pra escola, de estudar e fazer os trabalhos.

Quanto disso foi homeschooling (estudar em casa)?
Eu fiquei nessa nos últimos dois anos e meio. Ajudou muito. Se eu tivesse que ir pra escola, eu teria estragado tudo. Não teria ido em metade das viagens que fiz. Eles te dão algumas tarefas pra fazer, e aí você entra no Zoom e tem que fazer todas as lições com o professor. Minha mãe ajudou também, me ajudou muito. Se eu estivesse muito cansado pra escola em alguma noite, ela entrava pra mim. Ela me ajudou muito. Tenho saudades dessa época.

Foto: Andrew James Peters

O que te dá mais trabalho, agora que você não mora mais com a sua mãe?
Cozinhar, limpar… Basicamente, tudo. Tudo vira lixo. Eu não cozinho, eu peço comida todo dia. Minha casa tá ficando suja pra caralho. Tem tanta roupa no chão que parece uma lavanderia.

Tem alguma coisa que você cozinha e é fácil?
Todo dia eu fazia crepe doce pra mim e pros meus manos, mas parei. Não sei por que. Na verdade, sei sim. Minha tia me dava a massa pra fazer, mas faz um tempinho que não vejo ela. Nunca fiz uns mais elaborados, mas queria ter feito. Eu devia ter colocado bacon, ovos e queijo, ou algo do tipo.

Agora que você tá ganhando mais dinheiro, e consegue pagar uma casa e um carro, você também ajuda sua mãe?
EU ajudo minha mãe desde que comecei a ganhar dinheiro, porque é isso que você tem que fazer. Com certeza, eu ajudei ela durante esses anos. Ainda tô tentando ganhar mais, ser pago de uns 10 jeitos diferentes. Tô pensando em começar alguma marca de roupa e tal. Tô falando com o Andrew (Reynolds) sobre fazer calças, camisetas e tal, mas isso demora um pouco.

“AINDA TÔ TENTANDO GANHAR MAIS, SER PAGO DE UNS 10 JEITOS DIFERENTES”

Isso entra em conflito com a Supreme?
Eu não cheguei lá ainda (risadas). O Sean Pablo e todo mundo tem suas próprias marcas. Espero que eles me deixem fazer. Mas, se não deixarem, vai ser zuado.

Você tem alguém que te ajuda a cuidar do seu dinheiro, tipo a The Boardr?
Não, mas eu conheço esses caras. São amigos. Eu tenho um cara comigo, chamado Greg. Ele administra a grana, não é um agenciador de talentos. Ele é o cara. Estou com ele há três anos. Ele era o cara do Reynolds e aí começou a me ajudar também. Geralmente, ele trabalha com atores. Não sei por que ele se meteria com skatistas, mas ele se meteu com a gente.

Eu percebi que você tem a bandeira da Costa do Marfim no seu perfil do Instagram. Sua família é de lá?
É, o lado da família da minha mãe é de lá. Minha mãe nasceu e foi criada lá. Minha mãe estava me contando a história de como ela conheceu meu pai. Eu fiquei viajando. Minha mãe estava na África e tipo… Nem sei se eu deveria estar contando isso. Meu pai estava prestes a casar com outra garota, e alguma loucura aconteceu e minha mãe e meu pai se cruzaram. Isso me deixou maluco. Coisa romântica de verdade.

Foto: Andrew James Peters

Você foi pra Gana quando criança, né? O que você faria se voltasse lá agora, como adulto?
Quer dizer, vamo aí! Quero colar com meus manos da África. Quero conhecer algumas mulheres por lá. Deve ser muito foda lá. Quando eu era criança e fui, ainda era tudo muito “africanizado”. Não tinha comércio direito. Eram só ruas de terra, mas tinha alguns prédios. Eu estava falando com a adidas pra deixar a gente fazer uma viagem pra algum lugar, e ainda não tem uma decisão final, então talvez seja pra África. Com o meu tênis pela adidas, eu quero fazer alguma coisa com alguma entidade africana. Eu fiz um shape com a Baker que levantou 40 mil dólares pra essa organização de skate, e eu me senti muito bem, então quero fazer de novo.

Você diria que isso é importante? Ajudar sua comunidade?
Eu tento. Não vou dizer que sou o Gandhi ou coisa do tipo. Quando esse tênis sair, quero abençoar todo mundo em volta de mim. Eles me mandaram uns 200 pares; eu quero dirigir por Los Angeles entregando.

Tem alguma outra parte do mundo que você gostaria de conhecer, sem ser só por causa do skate?
Um lugar que eu queria ir é pra Austrália. Sidney ou Melbourne. Quero ver qual é o clima, conhecer umas minas por lá. Só curtir. Parece irado. Quero ouvir aquele sotaque australiano, tipo (com sotaque australiano): “Kader, Kader”! Foda! Eu tenho essa vibe australiana gritando meu nome e tal. É pra lá que eu tenho que ir! Talvez eu vá, sem alarde (risadas).

Tem um vídeo do Leo Romero te levando por aí, quando você era criança, e ele fica zuando seus nollie flips. Você lembra disso?
Mano, eu que vou zuar o Leo agora. Os nollie flips dele são um lixo. Gira tipo um míssil. Mas os meus eram zuados, eu ouvi muita merda por causa deles. O Andrew e o Brian Herman ficavam sempre: “Você nunca vai soltar o joelho, sempre vai girar desse jeito”. Agora eu fico: “Claro, cara. Cadê você agora? Estão vendo agora? Vão se foder”.

Você deu uma espichada. Você era muito pequeno.
Eu tinha 1,30m. Era minúsculo. Agora eu tenho 1,77m, por aí. Preciso malhar. Meu irmão tem 1,87m e meu pai também, eu acho. Minha mãe tem 1,75m.

Se você fosse tirar um 3×3 no basquete com o time da Supreme, quem é escolhido primeiro?
Eu escolheria o Sage (Elsesser) primeiro, depois o Caleb (Barnett) e o Tyshawn. Talvez o Kris Brown, pra ele bloquear os caras e empurrar os caras da frente.

Acho que misturar skate com outros esportes é mais aceito hoje em dia.
Com certeza. Os manos eram tipo: “Não somos atletas”! Hoje em dia, você faz qualquer coisa. Você pode até ser modelo e skatista. Isso é foda.

Já pediram pra você fazer algo do tipo?
Na verdade, já. Me convidaram pra trabalhar como modelo pra Heron Preston, mas ia entrar em conflito com o meu contrato na Supreme, então não pude fazer. Tomara que isso seja negociado no meu próximo contrato. Eu sou um idiota, não pensei nisso. Nem pensei que isso seria um problema, preciso mudar isso.

Foto: Andrew James Peters

Uma das coisas que dizem sobre L.A. é que todo mundo lá é obcecado com Instagram, com influenciadores. Você acha que isso é verdade?
Sim, com certeza. Se eu não tivesse a fama que eu tenho, não seria a mesma coisa, claro. Os manos agem diferente. Agem diferentemente perto de mim. É o jeito que a coisa rola, acho. L.A. tem todo tipo de gente, é estranho.

A molecada te reconhece muito?
Sim, acontece, às vezes. Isso é pesado. Me faz pensar que eu tô na Matrix ou algo do tipo. Eu fico tipo: “Caralho, esse cara realmente me ama”. É coisa de estrela. Me anima, com certeza.

Parece que você leva numa boa. Tem gente que não gosta.
Acho que nunca recusei tirar uma foto com alguém. Já devo ter perdido algumas por não ter ouvido, mas nunca disse que não, nem diria.

“ACHO QUE OS SKATISTAS COMEÇAM A ACHAR QUE SÃO MUITO IMPORTANTES. OS MANOS TEM O EGO INFLADO”

Como skatista, sua carreira é, basicamente, construída porque as pessoas gostam de você.
Sim, e andar de skate não é como atuar, então você tem que dar valor. Esses atores realmente tem que lidar com gente os seguindo e tal. Acho que os skatistas começam a achar que são muito importantes. Os manos tem o ego inflado. Os skatistas acham que são maiores que tudo. Você não deveria negar uma foto com uma criança, ou algo do tipo. Claro que tem dias que eu estou pra baixo, tenho dias ruins. Mas, mesmo nesses dias, eu faço tudo. A gente sabe que não é maior que nada.

Foto: Andrew James Peters

Você filma muito com o Bill Strobeck hoje em dia. Você gosta das imagens dele?
Eu zoo com ele. Acho que as pessoas já viram tanto dele, e todo mundo vê outras pessoas copiando, que começam a falar merda. Eles sabem quem começou isso. Ele sabem quem foi. Bill é uma lenda. Eu amo filmar com ele. Ele me faz parecer o melhor possível nos vídeos, sem dúvida. Tyshawn fica parecendo o melhor skatista de todos os tempos, e ele é. O Bill tem uma parte grande nisso tudo.

Ele já perdeu alguma imagem sua por causa do jeito dele filmar?
Com certeza. Ás vezes ele perde e eu falo: “Você é foda… Você tem…”. Como se chama aquela parada que você fica tremendo a mão?

Parkinson?
Isso. “Você tem Parkinson”. Ele fica tremendo, se mexendo aleatoriamente. Mas ele é o melhor videomaker de todos. Mas às vezes ele faz umas coisas estranhas, eu acho.

“BILL É UMA LENDA. ELE ME FAZ PARECER O MELHOR POSSÍVEL NOS VÍDEOS, SEM DÚVIDA.”

No vídeo mais recente, ele começou a virar a câmera de lado.
O de Berlim? As pessoas vão ter convulsão assistindo isso. Dá uma segurada, mano.

Antes de você entrar na adidas, as pessoas ficavam tipo: “O Kader fica pulando de patrocínio, vai se foder”! Você já ouviu algo do tipo?
Sim, meio que já, não vou mentir. Foi tudo pra chegar onde eu estou hoje. Se eu não tivesse esse tênis saindo pela adidas, não sei se estaria lançando com alguma outra marca. Isso não me preocupa mais, não planejo sair da adidas. Eu estava usando bastante Nike e conversando com eles, mas meu tênis não sairia tão rápido com mais ninguém. A adidas foi uma benção, eles me valorizaram. A adidas não tá demitindo os OGs. Não querem foder a vida de alguém. Não vão foder alguém sabendo que essa pessoa precisa da grana. A adidas é tão leal a nós quanto nós somos a ela.

Foto: Ritt Pontepsiripong

Houve rumores que a Nike estava tentando te pegar, mas eles atrasaram o contrato.
Não foi assim. Foi mais porque a adidas estava me valorizando mais, e eu comecei a ver gente aleatória sendo demitida da Nike. Todo mundo me disse que a adidas era o melhor caminho. Falei com o (Jason) Dill, com o Andrew, com todo mundo. Me ajudou muito.

A Cariuma chegou a te procurar?
Não (risada). Peraí, deixa eu lembrar. Talvez eles tenham… Ca… Ri… Uma. Ah, é, procuraram.

No Instagram?
Isso. Eles vieram tipo: “Ei, e aí?”, em 11 de outubro de 2019. “Eu represento a Cariuma, uma marca de tênis sustentável e gostaríamos de te mandar um par. Eles são ótimos pro skate e achamos que você vai adorar. Se você se interessar, eu te mando um código de presente pra usar no nosso site. – Max”. E aí, no dia 13 de novembro do mesmo ano, ele mandou: “Ei, só retomando a conversa. Não tem obrigação de postar nada. Só queremos dar pra pessoas legais como você”.

“EU NEM CALÇARIA ESSES TÊNIS (CARIUMA), HONESTAMENTE. NÃO CONSEGUIRIA. É MUITA LOUCURA”

Isso é engraçado. Você usaria os tênis deles pra andar de skate?
Eu nem calçaria esses tênis, honestamente. Não conseguiria. É muita loucura.

Você se importa com o tamanho do shape, ou nem liga muito pra isso?
Eu ando com qualquer um entre 8.3″ e 8.5″, é só ser grande o suficiente. Se é um shape menor, eu fico com medo de ensacar nos corrimãos e do meu pé sair do shape. Eu flipo melhor com eles. Parece que tenho mais controle.

Você sabe qual a distância entre os eixos que você gosta de usar?
Acho que 14.25″. Não sei exatamente. Quero melhorar minha parte técnica. Tô andando com roda grande e preciso diminuir um pouco. Eu diminuí pra 54mm há um tempo.

E aquela vez que você foi expulso de Woodward, o que aconteceu?
Foi nossa culpa. Eles disseram que a gente podia fumar, só não podia nos quartos. Aí veio outra pessoa e ficou puta com a gente. Foi só um monte de coisa ruim acontecendo, que não vai acontecer de novo. Quero voltar lá, tomara que eles deixem. Agora eu estou totalmente proibido de entrar lá. Tomara que eles leiam isso aqui e vejam que estou arrependido de estragar as paredes e tal. Quero voltar, por favor. Tô implorando pra voltar.

Eles te mandaram a conta dos estragos?
Não. Talvez tenham mandado, mas eu não sei. Eles disseram que eu não podia voltar. Eu quero muito voltar lá. Acho que eles eram muito certinhos e não estavam preparados pra nós. Nós arrastamos demais.

“QUERO VOLTAR PRA WOODWARD, TOMARA QUE ELES DEIXEM. AGORA EU ESTOU TOTALMENTE PROIBIDO DE ENTRAR LÁ”

O que você gosta de assistir no seu tempo livre?
Eu tô vendo Euphoria. Também tô assistindo essa série chamada Vice Principals. Também tem a série Peacemaker. Eu assisto um monte de coisa. Comecei a assistir Game of Thrones e The Sopranos, e também essa série chamada Entourage, que é a melhor de todas. Californication também é muito boa. Todas as séries que meus manos me indicam. Eu já tô na metade do Sopranos.

O que te irrita?
Tentar uma manobra por cinco horas e não voltar.

E fora do skate, no mundo real, na sociedade?
Não sei. Me dá um tempo pra pensar sobre isso… Sei lá. Eu não odeio muita coisa. Acho que, outro dia, ouvi uma senhora falar alguma coisa que me irritou. Foi algo como: “Eu amo chá verde”.

Então você odeia Brads, Chads e Karens.
Odeio. Em Santa Mônica, onde eu moro, tem um monte deles.

Foto: Ritt Pontepsiripong

Na escola tinha algum assunto que te interessava e você queria aprender mais?
Acho que História. Tipo, aprender alguma coisa, porque eu não sei quase nada. Acho que eu ia gostar se prestasse atenção em coisas assim.

Você tá sabendo que a gente talvez entre numa guerra?
Com a Ucrânia, Putin e Rússia? Essa merda é muito idiota. Eu vi os vídeos. Eles explodiram um aeroporto. Triste demais, cara. São terroristas no comando de um país inteiro. Eu provavelmente não devia ter dito isso, porque agora o Putin vai atrás de mim.

E em termos de objetivos maiores no skate, qual importância você dá pra coisas como ganhar o SOTY?
Eu ligo pra esse tipo de coisa. Quando chegar a hora certa, tomara que eu ganhe. O Tyshawn mereceu aquele ano, porque ele fez tudo aquilo, todo mundo sabia que seria ele. Não havia dúvidas. Tomara que aconteça o mesmo comigo. Esse ano, vou me empenhar pra soltar coisas incríveis. Nos próximos três anos, vou me empenhar de verdade. Vou tentar chegar no topo.


entrevista por Alexis Castro – Jenkem
fotos por Andrew James Peters e Ritt Pontepsiripong
tradução por Felipe Minozzi (Fel)

Artigo original

Compartilhar

Assine
Notifique
guest
0 Comentários
Feedbacks
Ver todos os comentários

SEGUE NÓIS

0
Deixa um comentário aí!x